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Serviços de streaming querem muito que você compre coisas enquanto assiste TV

Sumário do Post

Para serviços de streaming como Paramount, Disney, Netflix e Peacock, não basta que você assista TV na plataforma – eles também querem controlar o que você faz no seu celular.

A Paramount anunciou hoje que lançará uma nova “experiência de compra móvel” durante o tapete vermelho do CMT Music Awards deste fim de semana. Em parceria com uma empresa chamada Shopsense AI, a Paramount diz que os espectadores poderão navegar e comprar itens inspirados no que está acontecendo na TV deles.

Até agora, a loja online personalizada inclui moda feminina, decoração para casa e uma seção chamada “Western Gothic Country”, patrocinada pelo Walmart. O CMT Music Awards é apenas o começo – em breve, o público da CBS que assiste a esportes e programas de entrevistas diurnos também provavelmente verá anúncios de lojas online semelhantes.

Como isso já é realidade nos EUA?

Os serviços de streaming têm abordado as compras de algumas maneiras diferentes. No Peacock, os assinantes recebem anúncios de itens relacionados ao que estão assistindo, como os utensílios de cozinha usados em um programa de culinária. Em seguida, eles escaneiam um código QR da TV e podem comprar os itens no celular. A página de compras online do Love Island do Peacock inclui um boia inflável de flamingo de US$ 75 e uma câmera subaquática de US$ 19. Em janeiro, a Disney anunciou que testaria o envio de anúncios de produtos para os espectadores enquanto eles assistem através de e-mails ou notificações por push para seus telefones. A Disney disse que os avisos personalizados permitiriam ao público comprar “sem interromper a experiência de assistir”. E a Netflix está explorando como pode alcançá-lo em seu telefone enquanto você assiste a seus programas.

Os serviços de streaming estão lutando por sua “segunda tela”, o dispositivo que você tem ao lado – ou que está usando – enquanto assiste TV. As compras há muito fazem parte dessa experiência (pense: infomerciais do início dos anos 2000 ou programas de compras no estilo QVC). Se você vê uma estrela de reality show usando um óculos de sol que você quer, os criadores desse programa querem uma parte quando você sai e compra um para si.

A TV não é o único lugar onde as compras estão prestes a desempenhar um papel ainda maior. As plataformas de mídia social como TikTok e Pinterest adicionaram cada vez mais recursos de comércio eletrônico nos últimos anos pelo mesmo motivo: elas querem mantê-lo em seu jardim murado, desde a descoberta de um produto até o clique no botão “comprar”.

E no Brasil, quando as compras pela TV serão realidade?

Uma das principais mudanças da TV 3.0, apresentada pelo governo federal como uma inovação tecnológica, será a interação permitida ao telespectador a partir da transmissão pelos sinais abertos. Isso significa que diversas informações poderão ser acessadas ao longo do conteúdo assistido. Produtos exibidos em comerciais, por exemplo, poderão ser comprados por um clique pelo controle remoto.

“Eu costumo dizer que a TV 3.0 é o definitivo casamento da TV aberta como nós estamos acostumados hoje com a internet”, declarou o secretário de Comunicação Social Eletrônica do Ministério das Comunicações, Wilson Diniz Wellisch, em entrevista a O TEMPO Brasília – confira a entrevista completa abaixo.

“Ela permite algumas funcionalidades de interação, como por exemplo, você checar em uma novela o histórico de um determinado ator ou a roupa que o ator ou a atriz está usando, fazer uma publicidade interativa, fazer a compra de equipamentos, por exemplo, que estão sendo distribuídos na programação por um determinado varejista. Você vai conseguir fazer a compra desse equipamento pelo controle da sua TV”, explicou.

Ainda será possível acessar conteúdo sob demanda, como filmes, séries, jogos e outros programas. A abrangência da TV 3.0, no entanto, será estendida apenas aos canais abertos. Para a interação, será necessário conectar a televisão à internet, mas a ausência de conectividade não cortará a transmissão de sinal simples.

Um decreto do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) prevê, até o fim de 2024, o prazo para a entrega de estudos sobre a tecnologia a ser utilizada nos novos aparelhos a serem produzidos. Depois dessa etapa, outra publicação do governo deve definir os próximos passos da TV 3.0, como a previsão para que os televisores estejam à disposição para compra.  

A transição para o modelo 3.0 será semelhante à realizada dos aparelhos analógicos para os digitais, iniciada em 2006. A nova tecnologia também promete impactar a resolução de imagem, com qualidade 8K e maior contraste de cores, e permitir uma experiência de “som de cinema”, semelhante a uma imersão com áudios que são reproduzidos em direções diferentes.  

Fontes: https://www.otempo.com.br/ e https://www.theverge.com/

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